O retorno do Blur marca uma nova fase para a banda de britpop

Foto: Divulgação

O Blur retornou oficialmente à música em 2015, quando lançou The Magic Whip. Obviamente, o disco não é um novo Parklife (1994), muito menos um The Great Escape (1995) ou Think Tank (2003). O maior mérito foi ter reunido os quatro membros originais da banda de britpop, após 16 anos. Em 1999, o álbum 13 marcou a despedida de Graham Coxon.

Toda a gravação de The Magic Whip aconteceu em meados de 2013 na China. A banda estava escalada para tocar em um festival japonês que acabou sendo cancelado, deixando o quarteto ilhado em Hong Kong. Então, decidiram entrar em estúdio. De lá saíram com ideias inacabadas para o que, futuramente, se transformaria no disco. O trabalho foi retomado após Graham conseguir permissão e trazer o produtor Stephen Street, que trabalhou com a banda entre 1991 e 1997.

Damon Albarn acabou retornando a Hong Kong, inspirada pelo clima da cidade, e gravou os vocais das músicas que já estavam quase prontas em 2015. Por cinco dias, a banda se reuniu num estúdio na cidade chinesa para jams, constatando que o material tinha potencial de ser um álbum. E acabou virando, sendo lançado no primeiro semestre de 2015, com uma recepção calorosa da crítica e dos fãs.

Embora a banda tenha se aventurado em novos sons e estilos, a essência do Blur continua presente, assim como as experimentações de Graham com a guitarra. Damon trouxe a influência do seu Gorillaz, e as letras críticas e reflexivas sobre o período em que estiveram em Hong Kong são intrínsecas ao trabalho solo do vocalista.

The Magic Whip foi um bom ponto de virada na carreira do Blur, e esperamos que este tenha sido apenas o começo de uma nova fase da banda britânica.

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